Pescadores do Rio de Janeiro se formam em aquaviários

Pescadores do Rio de Janeiro se formam em aquaviáriosNiterói – “O curso foi maravilhoso, os professores são excelentes e aprendi muitas coisas que nesses 50 anos de pescaria eu não sabia”, afirmou Nicio Reis Filho, 60 anos, ao receber o diploma de pescador profissional, resultado do curso de formação de aquaviários. A iniciativa é uma parceria do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e Instituto Federal Fluminense (IFF), que formou mais 29 pessoas em Niterói (RJ), nesta terça-feira (26). “Aprendi sobre os navios, as cordas, os nós e segurança. Agora, não farei mais coisas que antes eu fazia errado”, acrescentou.

O curso teve como público-alvo pescadores com escolaridade inferior ao 6º ano do ensino fundamental. Nele, foram oferecidos conhecimentos teóricos e práticos nas áreas de condução e operação das embarcações, primeiros socorros, técnicas de sobrevivência pessoal e de prevenção e combate a incêndio. “As aulas foram realizadas pela manhã e tarde, sendo ministradas no próprio meio de trabalho dos pescadores, para mostrarmos as situações reais”, explicou Felipe Pereira Soares, instrutor de tecnologia de pesca.

Segundo Felipe Soares, iniciativas como a do MPA são essenciais para o desenvolvimento da atividade pesqueira no Brasil. “É importante capacitá-los de forma que levem o aprendizado para a vida toda. O ideal seria que cursos como esses fossem sempre oferecidos, não apenas uma vez ao ano. Eles têm fome de aprendizado. Aqui os pescadores percebem que os conhecimentos que eles tinham têm um porquê”, destacou.

O curso é resultado de um acordo de cooperação técnica entre MPA, Ministério da Educação e Marinha do Brasil. O conselheiro do Conape, comandante Flávio de Moraes Leme, destacou que todo profissional que trabalha embarcado deve ser habilitado, e esse documento é adquirido por meio do curso. “A formação do pescador profissional é competência da autoridade marítima. Nós detectamos a necessidade de incrementar as instituições de ensino ao processo de formação. Realizamos esse trabalho junto ao Conape, que resultou nesse acordo de cooperação”, disse.

Flávio Leme assinalou a motivação dos alunos pescadores. “Percebemos uma alegria muito grande por parte dos pescadores. É muito satisfatório. Eles já trabalhavam na atividade, porém não eram regularizados. Eles se interessaram verdadeiramente pelos ensinamentos. Tivemos 100% de aproveitamento”, finalizou.

Texto: Paola Brito

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