Pescado tem potencial para se tornar a principal proteína, no futuro

Pescado tem potencial para se tornar a principal proteína, no futuro“O mundo tem colocado o pescado como principal proteína, no futuro, e o Brasil tem potencial para se tornar o protagonista do setor”. Com essa afirmação, o Superintendente Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, iniciou os debates do workshop Inserção da Aquicultura no Agronegócio, na última quarta-feira (05/10), na sede da Confederação, em Brasília. “O workshop é uma oportunidade de gerar conhecimento e chamar atenção para a produção aquícola”, disse Bruno na abertura do evento, que reuniu mais de cem participantes.

Conduzida pelo professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP), Werner Martins, na primeira palestra do evento foi destacado o desejo do consumidor, que está cada vez mais exigente. “As pessoas procuram um pescado de qualidade, fresco, preparado e limpo, cabe ao produtor identificar o que cada nicho de mercado quer”, disse Martins.

Segundo Werner, o aquicultor deve se preocupar com novas tecnologias, insumos, maquinários e todo o processo de produção. Porém, mais do que isso, é necessário valorizar o consumidor e comercializar o produto da forma correta. “Hoje, a maioria das pessoas consomem o pescado em restaurantes, pois eles são servidos prontos. A procura pelo peixe limpo e preparado tem crescido ao longo dos anos e o setor precisa acompanhar essa demanda”, concluiu.

O médico veterinário, consultor e analista de mercado, Fabiano Coser, foi o responsável pela palestra Coordenação de Cadeias Produtivas, também com o foco no consumidor. Ele afirmou que “o resultado final de todo o processo de produção e distribuição de insumos, das atividades subsequentes de coleta, transporte, armazenagem, industrialização e agregação de valor no setor do agronegócio é o consumo”.

De acordo com Coser, o consumidor possui dez tendências globais e o produtor precisa ficar atento a elas. São os gastos por impulso, a procura por alimentação saudável, a consciência social e ambiental, importância do ambiente comunitário, as frustrações com o trabalho e rotina, o gosto pelo luxo, a democratização do consumo, o consumo pós-crise, o uso de aplicativos e apego visual. “O produtor rural precisa identificar as necessidades dos consumidores, pois eles são os agentes principais para o sucesso de um setor, neste caso, o da aquicultura”, afirmou ele.

A respeito da coordenação dos sistemas agroindustriais, Fabiano destaca a relevância para o crescimento das cadeias produtivas, considerando que dessa forma, há a geração de valor. “Mercado, contratos implícitos ou alianças, contratos formais, associações ou verticalização são formas diferentes de aplicar a coordenação, governança ou ação coletiva”, finalizou.

Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br