O peixe Pangassius vem ganhando notoriedade no mercado nacional de filés há alguns anos. Oriundo da Vietnã, com preços bem competitivos, vem ganhando cada vez mais espaço no mercado consumidor brasileiro. Mas, será que o Panga é uma ameaça para a Tilapicultura Brasileira?
A resposta é: definitivamente, não! São nichos de mercados diferentes, além disso existe um déficit de produção de alimentos de origem animal para consumo humano, déficit na ordem de 94 milhões toneladas. O mundo consome 167 milhões de toneladas de pescados anualmente, 56% desse volume é abastecido por peixes de origem extrativistas, que já não suportam o sobrepeso, dando sinais de declínio nos últimos 10 anos, caindo já 3% do volume total capturado.
Se levarmos em consideração o crescente aumento da população, temos um cenário de déficit alimentar de 20 milhões de toneladas para próximos 10 anos. Ou seja, além da atividade aquícola ter que suprir a crescente diminuição da atividade de exploração pesqueira, ainda tem o aumento do consumo gerado pelo aumento da população mundial!
Segundo o relatório do Banco Mundial, cerca de 62% dos peixes para consumo humano virão da aquicultura (produção) nos próximos 10 anos. Tanto o Pangassius (Panga) ou a Tilápia, serão protagonistas responsáveis para atender esse mercado crescente.
A Tilápia já é um dos peixes mais criados no Brasil, com domínio da cadeia reprodutiva e gosto saboroso, caiu no gosto dos consumidores de peixes brasileiros, principalmente na forma de filés.
Já o Pangassius, que é importado do Vietnã, (exportou dois bilhões de dólares de Pangassius em 2019) possui preços mais atrativos e competitivos no mercado. Há alguns anos começou a ser produzido no Brasil o Panga BR, gerando empregos e riqueza para o país, ajudando a diminuir a importação milionária desse filé. Esse peixe é uma nova aposta na produção aquícola brasileira pelos excelentes aspectos zootécnicos, domínio da reprodução técnica, bom rendimento de filés e sabor agradável, e ainda, possui algumas características biológicas diferenciadas, com capacidade de produção de mais peixes com menos espaço, gerando aumento da rentabilidade e da produtividade.
Como na Bovinocultura, existem vários cortes de carne, os quais não competem entre si. O mesmo ocorrerá com a Piscicultura, entre o Panga BR e a Tilápia, trabalhando juntas para suprir esse enorme mercado Brasileiro e Mundial de pescados.
Seja qual for sua aposta, Tilápia ou Panga Br, será certeira sua decisão de investir na aquicultura. Bons negócios!
Fale Conosco