Salmão na mesa de todos os brasileiros, não só no barco do rodízio de comida japonesa. Esta é a ambição da nova fase da campanha Salmón de Chile, coordenada pelo ProChile e a indústria de salmão daquele país, que foi inaugurada na última segunda-feira (24/07), com uma ação no Eataly, em São Paulo, com jornalistas e influenciadores digitais.
Os comunicadores ouviram o chef Cássio Prados, especializado em tendências gastronômicas, gastronomia molecular e segurança alimentar, defender as propriedades nutricionais, aromas e texturas do salmão chileno. Participaram ainda do evento Melanie Whatmore, gerente da Salmón de Chile, e María Julia Riquelme, diretora do ProChile Brasil.
Para Melanie, um dos objetivos da entidade com a ação é disseminar a importância do consumo de pescado, com óbvio foco no salmão. “Uma de nossas mais importantes responsabilidades é ampliar o acesso às informações sobre os benefícios do pescado, para ajudar esse consumidor brasileiro a escolher os alimentos de forma inteligente e levar uma vida mais saudável.”
Em artigo escrito para o 3º Anuário de Produtos, Serviços e Conteúdo Seafood Brasil (em fase final de elaboração), o presidente da Associação da Indústria do Salmão do Chile (SalmónChile), Felipe Sandoval, indica que já são cinco anos consecutivos de campanha para posicionar a marca de salmão do Chile “nas mentes dos consumidores brasileiros” e nosso país como um dos líderes na produção.
Nos últimos cinco anos, o Chile aumentou em 78% o volume de salmão chileno exportado para o Brasil, o que representou um incremento na receita de US$ 282 milhões FOB para US $ 524 milhões neste período, um crescimento de 86%. No ano passado, a oferta chilena sofreu uma contração na produção devido ao florescimento de algas nocivas, que também afetaram os embarques para o Brasil – estes caíram 14% em volume (ano 2016 versus 2015), mas aumentaram em 9% em receita.
Alasca: sobra peixe e falta mão de obra
No Alasca, a temporada de salmão segue a todo vapor, mas os discursos contrários à imigração pelo presidente norte-americano, Donald Trump, já prejudicam os frigoríficos da região, que contam largamente com mão de obra estangeira. Com receio de políticas restritivas, diversas indústrias que contam com esta força laboral correram em busca de vistos temporários específicos (H2-B) – que têm um limite de 65 mil vistos para todo o País, como publicado no portal Undercurrent News.
A política penaliza os frigoríficos do Estado, que estão enfrentando certas limitações para dar conta do intenso volume de matéria-prima que a captura de algumas espécies está gerando. De acordo com o relatório mais recente em posse do Alaska Seafood Marketing Institute (ASMI), de 18/07, a safra do salmão no Alasca chegou perto de 70 milhões de peixes.
O melhor desempenho é do sockeye, que teve aumento de 81% no ritmo das capturas em relação ao mesmo período do ano anterior. Com cerca de dois meses para o fim da temporada, o resultado de 42 milhões de peixes já superou a previsão – que era de queda de 52,9 milhões de peixes para 40,8 milhões de peixes.
O destaque é para a região de Bristol Bay, que superou as projeções nas espécies sockeye (vermelho), chinook, pink e keta (ou chum). No geral, o pink teve uma queda de 11% no ritmo das capturas no período analisado, enquanto o coho subiu 78% e o keta 73%.
Na semana que vem, todos os representantes internacionais da ASMI vão se encontrar em Kodiak, em um arquipélago situado no sul do Alasca. O Brasil será representado por José Madeira, responsável pelo escritório da entidade em território nacional.
Fonte: http://seafoodbrasil.com.br/