Saiba sobre o peixe Dourado

Estudos mais antigos, dão conta de existir duas espécies de dourados de água doce do gênero Salminus, são eles:

  • Salminus maxillosus da bacia do Prata
  • Salminus brevidens, da bacia do São Francisco.

Estas espécies de dourados não ocorrem na Bacia Amazônica. Lá, o nome “dourado”, ou mais propriamente “dourada” é dado para outro tipo de peixe, de couro, cientificamente conhecido como Brachyplatystoma flavicans, da família Pimelodidae, da ordem dos Siluriformes.

Há indícios claros de haver diversidade de espécies, ou subespécies geográficas, que ainda não estão bem descritas pela ciência.

Apresenta como o nome sugere, corpo coberto de escamas douradas e brilhantes. Pode ter um porte de mais de 20 Kg, mas é comumente encontrado em tamanhos bem menores.

Uma das grandes dificuldades para a sua piscicultura, é o seu instinto caçador, pois apresenta alto índice de canibalismo, e isto,  já nos primeiros dias de vida.

Problemas para a espécie

Ocorre que pescadores e outros interessados em preservar os peixes, estão erroneamente soltando alevinos nos rios, sem saber ou sem considerar a origem genética destes animais, causando uma irreversível perda de subespécies (extinção) pela mistura de populações.

São milhões de douradinhos que deixaram de ter a chance de nascer e de lutar pela competitiva vida dos rios.

Comportamento reprodutivo

No período reprodutivo, que ocorre na primavera e começo do verão, pode ser eventualmente observado em corredeiras e obstáculos, dando saltos espetaculares para transpô-los.

Nos enlevos amorosos, que ocorrem em locais correntosos nas cabeceiras dos rios, nadam lado a lado, fêmeas e machos. Em determinado momento do romance, a fêmea expele seu óvulos e o macho os fecunda com uma descarga de esperma.

Os ovos são espalhados pela correnteza, e cada um por si. Se ficassem juntos, haveria grande canibalismo.

Comportamento alimentar

É um peixe de orientação visual e diurno por excelência. Pode caçar de emboscada como a traíra, mas é muito mais ativo, perseguindo acirradamente por vários metros a sua presa, que pode ser qualquer outro peixe que lhe passe inteiro na boca.

Difere também da traíra no modo de caçar, por preferir locais correntosos para dar o bote.

Sua estratégia de caça se baseia na emboscada, amparada pela sua veloz arrancada. O dourado procura um obstáculo em meio à corredeira, que produza um certo freio ao deslocamento da água, como que “um vácuo”, ou uma “sombra” de correnteza.

Ali a correnteza fica quase parada, e não raro cria vórtices de arrasto que formam corrente no sentido contrário.

Em outras palavras, o peixe  dourado fica descansando atrás de uma pedra ou um pau que está no meio de uma correnteza. Quando um peixe vem subindo, já meio cansado, e entra no campo visual do tranqüilo dourado, este desfere sua fulminante arrancada para cima da presa.

Por apresentar orientação visual e um padrão de caça muito ativo, prefere as horas mais iluminadas do dia.

Fonte: http://www.cepen.com.br