Matrinchã e água alta, uma boa combinação para a época de cheia. Esta é sempre uma diversão extra para quem curte utilizar as iscas artificiais.
Primeiro, pelas capturas e, segundo, pela precisão de arremessos e o trabalho adequado para a espécie. Por quê? Por um motivo simples — nessa época as mantrichãs ficam bem perto das árvores e seu cardápio é constituído de frutas e insetos que caem na água. Trata-se de um banquete com muitos frutos, flores e os insetos em uma época de calor que, durante a cheia, é intenso.
Os peixes, não só as matrinchãs, estão por lá, mas esses em especial ficam muito ativos e atacam tudo, pois essa é uma excelente oportunidade para se alimentar. Se caiu na água, é comida. E logo elas chegam para o ataque. Agora, se é algo que nada na direção contrária da margem, talvez seja uma presa menor que já pegou seu alimento, mas que pode ser predado por um exemplar maior.
E que fazer para capturar o peixe? Arremessar a isca rente à margem. Ela pode ser um plug, fly ou até a isca natural (algum fruto que esteja em abundância na margem). Ao tocar a água, o ataque pode acontecer a qualquer instante.
Observe se não há uma correnteza que dificulte trabalhar a isca em velocidade adequada e sofrer o ataque ou se a corrente não afrouxa sua linha. Outra dificuldade é o local onde encontramos a matrichã: rios pequenos que estão com muita água e rápidos; por esse motivo é preciso arremessar à frente, contra a corrente, para aproveitar melhor o ponto de pesca e fazer a isca nadar mais naturalmente. Pode-se pensar em pescar ancorado, arremessando 45º acima no ponto desejado, mas cuidado, pois em águas rápidas isso nem sempre é aconselhável.
Fonte: http://revistapescaecompanhia.uol.com.br