Rio Parnaíba garante riquezas na cerâmica e criação de peixes em Nazária

Nazária é um dos principais polos de produção de pescados do Piauí — Foto: TV Clube

O programa Piauí de Riquezas foi até lá conferir como produtores de duas áreas tão distintas se aliaram pelo desenvolvimento econômico da região.

A cidade de Nazária, a 31 km de Teresina, tem no Rio Parnaíba a fonte de riquezas que fazem o município se destacar na criação de peixes e na produção de cerâmica em todo estado. O programa Piauí de Riquezas foi até lá conferir como produtores de duas áreas tão distintas se aliaram pelo desenvolvimento econômico da região.

Um dos maiores produtores de peixe da região é o senhor Elias Vitor, um policial militar que deixou a farda e para se dedicar à criação de tilápias. Em 15 anos de trabalho, a produção de um tanque cresceu. Hoje são 11 tanques, que produzem até 20 toneladas de peixe por ano.

“EU fiz o 1º tanque para quando chegasse um amigo a gente pegasse um peixe. Não fiz para comercializar. Não fiz para comercializar. Hoje, de peixe, eu sei de tudo um pouco: Sei fazer a tarrafa, sei criar o peixe, e estamos aqui trabalhando para que possamos fazer esse município se tornar, quem sabe, o 1º do estado em produção de peixe”, disse o capitão Elias, cheio de orgulho.

O terreno do senhor Elias é banhado pelo Rio Parnaíba. Segundo o criador, a qualidade do Rio Parnaíba tem características específicas que potencializam a criação de pescados. Além disso, a terra é farta em água. “Aqui, se você cava um poço tubular, com 50 metros ele quase jorra água”, disse.

Além da criação de peixes, a proximidade do rio também faz o solo de Nazária ser argiloso, ideal para a produção de cerâmica vermelha. Uma indústria fundada em 1979 na região aproveita essa potencialidade.

“Nazária escolhida para ser a sede da empresa devido ao perímetro de argila que tem na região”, explica o engenheiro Alexandre Costa. Segundo ele, a diversidade de tipos de argila possibilita a produção de tijolos e telhas de alta qualidade.

Esses dois tipos de negócios então se uniram: as escavações feitas para a extração de argil de várzea, depois de uma parceria entre os dois setores, passaram a se transformar em tanques para a criação de peixes, que são administrados pela comunidade de Nazária.

“Existe esse elo. A cerâmica retira o material para confeccionar a olaria, e os produtores utilizam os taques escavados para a produção de peixe. Foi como unir o útil ao agradável”, disse.

Fonte: https://g1.globo.com