Um projeto que promete otimizar a produção de peixes e camarões desenvolvido por três universitários irá representar o Brasil na etapa global da Imagine Cup – a ‘Copa do Mundo’ da tecnologia. A técnica, desenvolvida por três estudantes, dois deles de Campinas (SP), gera uma economia no custo operacional dos criadouros de até 30%.
Promovida pela Microsoft, a competição tem o objetivo de transformar projetos acadêmicos em startups de sucesso. O ‘UpFish’ foi escolhido entre 199 projetos do país e, juntamente com o BubuDigital, desenvolvido na Paraíba, concorrerá com outros 58 projetos do mundo todo ao prêmio de U$ 100 mil e mentoria exclusiva com o CEO da Microsoft, Satya Nadella. A etapa mundial acontece em julho, em Seattle (EUA).
O sistema foi uma parceria entre os estudantes de engenharia de controle e automação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Alfredo Cavalcante Neto e Carlos Eduardo Milani, e o graduando em neurociência da Universidade Federal do ABC (UFABC) Elton Soares.
Ampliar a oferta de alimentos
Em desenvolvimento há quatro meses, o principal objetivo do UpFish é monitorar a produção de pescados a fim de ampliar a oferta mundial de alimentos e fortalecer o mercado interno.
A ideia de trabalhar com a aquicultura surgiu da experiência de Soares no exterior, onde visitou a primeira fazenda urbana orgânica de camarões, em Nova York (EUA). Voltando ao Brasil, conheceu o zootecnista e diretor da Associação Brasileira de Criadores de Organismos Aquáticos (Abracoa), que deu os primeiros direcionamentos ao grupo.
Como funciona
O grupo desenvolveu uma solução integrada que funciona em três etapas: um dispositivo (hardware) é instalado no tanque de produção dos peixes, onde sensores captam dados sobre a qualidade da água, que são enviados para um software em uma “nuvem”. Com base nessas informações, são desenvolvidas soluções para corrigir eventuais necessidades da água e otimizar o processo de produção.
Para a equipe, que está confiante com a próxima etapa, participar da Imagine Cup é uma grande responsabilidade não só por representar o Brasil, mas também por representar o mercado da aquicultura, que segundo Cavalcante Neto, ainda carece de tecnologias específicas para a área.
“A gente surge pra quebrar essas barreiras, nossa missão é empoderar o produtor rural através da nossa tecnologia”, observa o universitário.
Fonte: http://g1.globo.com/