Piscicultura para comunidades de várzea é tema de projeto na Embrapa no AM

Em parceria com uma comunidade ribeirinha de Manacapuru, a Embrapa desenvolveu um novo sistema de cultivo do tambaqui.

Um projeto de pesquisa da Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, está desenvolvendo um novo modelo de piscicultura para comunidades de várzea.

O projeto chama-se “Peixamazon – Produção de peixes em comunidade tradicional ribeirinha na Amazônia: piscicultura comunitária em sistema misto de produção voltado para realidade dos habitantes de várzea”.

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O pesquisador Roger Crescêncio, líder do projeto Peixamazon, explica que as ações são feitas em parceria com produtores familiares organizados na Associação dos Moradores do Sant’Ana (Amos), no município de Manacapuru (AM), A 68 quilômetros de Manaus, que vem trabalhando em conjunto com uma equipe de pesquisadores da área de piscicultura para  ajustes no sistema de produção de cultivo de tambaqui.

A parceria com a comunidade já existe há quatro anos, quando a Associação solicitou apoio para ajustes em suas práticas de cultivo de tambaqui em tanques rede que não estavam funcionando bem.

Após verificações, o que foi avaliado como positivo passou a compor um protocolo de produção. Na fase atual do projeto já existem resultados, como a melhoria do custo de produção, melhoria no aproveitamento da mão de obra e redução do tempo de cultivo.

O projeto tem a perspectiva de melhorar o sistema de cultivo na comunidade, mas também de desenvolver um sistema de produção alternativo adequado para a realidade de comunidades de várzea.

Experiência repassada a outras comunidades

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Os resultados dessa experiência em parceria com os comunitários da Amos,  irá embasar a descrição e recomendação de um sistema produtivo de tambaqui  que possa servir como alternativa de melhoria de vida para outras comunidades de várzea.

O sistema misto de produção possui etapas em pequenos tanques em terra firme e etapas em grandes gaiolas em lagos e barragens. Esse sistema poderá ser utilizado em pequenas propriedades e/ou comunidades que habitem as margens de grandes corpos d´água naturais como a várzea ou grandes reservatórios de hidrelétricas, podendo ser de ampla utilização no País.

Fonte: http://acritica.uol.com.br