Piscicultura é setor estratégico para o futuro, aposta Primato

Cooperativa paranaense tem como meta para 2022 ampliar o alojamento de 700 mil para dois milhões de tilápias.

Um dos pilares da cultura interna da Primato Cooperativa Agroindustrial, com sede em Toledo (PR), é apostar na diversificação da produção para crescer. Dentro deste contexto, a piscicultura surgiu como uma nova opção de negócio para agregar valor ao cooperado e melhorar sua renda. Os primeiros lotes no formato de integração dentro da cooperativa foram feitos no final de 2020. Até o momento são 14 produtores integrados, com cerca de 700 mil tilápias alojadas. A meta para este ano ainda é atingir dois milhões de tilápias alojadas e, para isso, a cooperativa quer ampliar o número de integrados.

“Queremos fortalecer a parceria com o produtor e também aumentar a comercialização dos nossos produtos”, explica Gleisson Bianchi Trentini, gerente de Avicultura e Piscicultura da Primato. Ele lembra que este ano foram comercializadas aproximadamente 500 toneladas e existe um bom volume até o fim de 2022.

A Primato já vinha com este pensamento de investir também na piscicultura por atuar numa região riquíssima em água e já existirem muitos produtores na atividade. “Hoje o peixe é sinônimo de alimentação saudável e a cultura da tilápia vem crescendo, vem se expandindo”, aponta Trentini, acrescentando que a “produção vem se intensificando, com a entrada de frigoríficos especializados aqui na região Oeste do Paraná”.

Ainda de acordo com o gerente de Piscicultura da Primato, as projeções de mercado apontam para um aumento no consumo. “O que se percebe é uma migração para o peixe, com aumento na participação no consumo de proteínas, seguindo o aumento da própria população. A gente vê que o peixe é uma proteína que o consumo tende a crescer muito nos próximos anos”, reforça Trentini.

Modelo

O modelo de produção segue o sistema de integração vertical, como são o modelo de avicultura, suinocultura e, no caso da Primato, uma parte do gado de corte também segue esse formato.

O produtor entra com a mão de obra, com a estrutura, com o equipamento, recurso hídrico, entre outros subsídios necessários para a produção, enquanto a cooperativa entra com os demais recursos, como assistência técnica, ração, os próprios alevinos e todos os insumos para a criação. “A Primato também garante a industrialização e a comercialização deste peixe”, explica Trentini.

Atualmente a industrialização do peixe é terceirizada. A produção é processada e embalada com a marca própria da Primato em todas as unidades da cooperativa e também na distribuidora. Um novo projeto que está sendo implementado pela Primato para atender outras redes e outros mercados consumidores.

Basicamente a Primato trabalha com dois produtos: o filé de tilápia e a posta de tilápia. Ambos são no sistema IQF, onde as embalagens contêm peças congeladas individualmente.

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Fonte: O Presente Rural