Piscicultura – Implantação de viveiro escavado possibilita melhor monitoramento

viveiro alevinosAtividade presente no Estado do Piauí, há alguns anos, a piscicultura em viveiros escavados vem ganhando destaque e novos investimentos em relação à informação e manejo adequado. Esse tipo de produção, apesar de ter um custo de implantação mais elevado, promete maior possibilidade de controle, por parte do produtor, e, consequentemente, mais segurança. Segundo João Pinheiro, gestor do projeto piscicultura do Sebrae Piauí, a piscicultura no Estado é relativamente nova no que diz respeito à atividade empresarial.

Há notícia de que a prática começou no Estado, há mais de 20 anos. No entanto, era uma atividade feita de modo empírico, ou seja, os empresários não tinham o mínino de informação necessária para o cultivo de peixes em viveiro escavado. Hoje, esse tipo de atividade é predominante — afirma o gestor.

Orienta que o produtor interessado nesse tipo de viveiro deve fazer uma análise de solo voltada para a piscicultura. Com isso, ele pode identificar se o terreno realmente tem boa permeabilidade.

Mas Pinheiro recomenda, também, que, antes de  iniciar a atividade, o produtor seja orientado por um consultor do Sebrae, engenheiro de pesca ou agrônomo, especialista na área, para que se possa identificar, além da boa permeabilidade, se o terreno possui topografia plana, se existe um estrutura de água potável, com abundância, estrutura de energia e transporte.

Outra questão muito forte é a ambiental. Os tanques só devem ser construídos com a orientação de um especialista na área de gestão ambiental para que, após ser construído, o projeto não sofra nenhum embargo pelas autoridades competentes — conta.

Alerta, ainda, que esses viveiros devem ser construídos de forma que o produtor possa fazer o reaproveitamento da água, como para irrigação, por exemplo. É necessário que se faça o monitoramento adequado da qualidade da água, o que vai influenciar diretamente no aumento da produtividade — diz.

Outra vantagem dessa atividade é que também pode ser desenvolvida em pequenas propriedades, como acrescenta Pinheiro, e, apesar de a licença ambiental para uso da água também ser necessária em tanques escavados, assim como em tanques – rede, a burocracia é menor.

Ressalta a importância de se considerar  o retorno do capital. Com seis meses, segundo ele, o produtor já começa a ter sua primeira produção. No Estado do Piauí, ele pode produzir de 12.000kg a 16.000kg por ano. Já a rentabilidade gira em torno de 30%, já que não requer muita mão-de-obra.

Fonte: Site Portal Dia de Campo