Pesquisadores resgatam peixes no ES para poder garantir a vida no Rio Doce

Instituto Chico Mendes está reproduzindo espécies em Pirassununga, SP. Em caso de extinção local, peixes serão soltos por pesquisadores no rio.

peixes

Pesquisadores do Instituto Chico Mendes, em Pirassununga (SP), resgataram peixes de uma região do Rio Doce afetada pela lama, após o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), que completou um mês neste sábado (5). O objetivo é reproduzi-los em laboratório e, com isso, ajudar a recuperar a vida no do rio no futuro. Como desastre, 3 toneladas de peixes já foram recolhidos mortos somente no Espírito Santo.

Os pesquisadores resgataram algumas espécies antes de serem atingidas pela lama em uma usina hidrelétrica, no trecho que passa pelo município de Baixo Guandu (ES). Foram mais de dez horas de estrada até instituto.

m caminhão trouxe os animais em um tanque. Alguns chegaram estressados e receberam cuidados especiais, como curativos e injeção de vitaminas. Os que estavam bem foram direto para um outro tanque.

Uma das espécies encontradas foi o peixe piau, nativo da bacia do Rio Doce. A outra é o pacamã. “Espécie ameaçada de extinção na bacia do Rio São Francisco. Na bacia do Rio Doce ela tem grande importância econômica para os pescadores”, afirmou o pesquisador Paulo Ceccarelli.

Os pesquisadores vão criar um banco genético com os peixes resgatados. “Se alguma dessas espécies nativas entrar em extinção local, nós temos esses peixes, fazemos a reprodução deles e soltamos no ambiente”, afirmou o coordenador do Instituto Chico Mendes, José Senhorini.

Os cientistas acreditam que o trabalho pode fazer a diferença na recuperação do rio. “A semente para o recomeço da vida no Rio Doce. Essa é a esperança. Pode demorar, 2, 3 anos, mas não importa. O importante é manter a vida”, destacou Ceccarelli.

Rompimento
Há um mês, o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora causou uma enxurrada de lama que inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. A Polícia Civil informou que chegou a 15 o número de mortos identificados após o desastre.

O material acabou sendo despejado no Rio Doce, atingindo o manancial até a sua foz, no Espírito Santo. Ao todo, pelo menos 317 mil pessoas foram impactadas, direta ou indiretamente, pelo desastre ambiental. Além disso, 3 toneladas de peixes foram recolhidos mortos no ES.

Segue o link da matéria completa
http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2015/12/pesquisadores-resgatam-peixes-no-es-para-poder-garantir-vida-no-rio-doce.html

Fonte: http://g1.globo.com/sp/