Levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica identificou 35 estabelecimentos vendendo animais fruto de pesca predatória
Ameaçada de extinção devido à sua alta procura pelo mercado consumidor, a sardinha (Sardinella brasiliensis) é vendida livremente em peixarias, supermercados e feiras da cidade de São Paulo, conforme aponta levantamento feito pela Fundação SOS Mata Atlântica entre os meses de abril e maio. De maneira ainda mais preocupante, segundo a ONG (Organização Não Governamental), a tainha fresca foi encontrada à venda em 35 estabelecimentos durante seu período de defeso – quando as atividades de caça, coleta e pesca esportivas e comerciais ficam vetadas por lei.
A ONG alerta que a pesca da sardinha segue intensa no Brasil, levando seus estoques à iminência de colapso. O aviso surge no Dia Nacional da Mata Atlântica, celebrado nesta segunda-feira (27 de maio). Ao promover a pesquisa, o objetivo da SOS Mata Atlântica era verificar quais espécies de pescado, entre peixes, moluscos e crustáceos, poderiam ser encontrados e se o período de defeso determinado por lei era respeitado.
Durante o período em que foi feito o levantamento, foram visitadas 34 barracas de peixes em 32 feiras-livres, 22 supermercados e 10 peixarias em todas as regiões de São Paulo. Nas feiras-livres, em um total de 52 espécies diferentes, a sardinha esteve presente em 100% das barracas, o cação em 97% e o salmão, importado das águas frias chilenas, esteve presente na maioria das feiras (87,5% das barracas). Já nos mercados e peixarias, das 68 espécies, o salmão esteve presente em 97% dos estabelecimentos.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/