Jundiá da Amazônia o “Peixe Onça”

Agora sim, finalmente o peixe que esperávamos.

O maior custo em qualquer tipo de criação comercial em escala e sem dúvida a ração, e o que faz a ração ter um preço representativo é o nível de proteína contida na mesma, assim, o mundo todo busca alternativas para a produção de proteínas mais baratas e que dê  menos impacto ao ambiente.

Existem duas grandes fontes de fornecimento de proteínas para a humanidade, a vegetal e a animal sendo que esta última é extraída através da cocção de produtos de origem animal de indústrias frigoríficas sendo a mais cara e que acumula déficits na produção, quanto a vegetal a principal fornecedora para a produção de ração e o soja.

O exposto acima evidência que a escolha por espécies de animais  exijam em sua dietas alimentares um teor menor de proteína, assim trará maior competitividade a piscicultura, portanto, peixes que tenham qualidades zootécnicas para  criação comercial, o item que merece muita atenção é a exigência de proteína na ração.

Buscamos por vários anos no Brasil por uma espécie de alevinos nativo que atendesse o mercado e viabilizasse sua criação como cadeia produtiva, consumindo um teor menor de proteína na sua dieta, possibilitando produzir peixes a preços competitivos.

A grande dificuldade foi nos bagres, os Bagres brasileiros de maior porte é em sua maioria carnívoros o que eleva o custo na criação comercial os onívoros em sua grande maioria são de pequeno porte não conferindo um rápido crescimento na criação exigido em piscicultura comercial.

Agora esta historia esta mudando, finalmente após vários anos temos uma espécie com características excepcionais para a piscicultura, atendendo todos os elos da atividade, estamos falando do Jundiá Amazônico leiaurios marmoratus, não estamos falando do Pintado da Amazônia, que e o cruzamento do Cachara pseudoplastistoma corucans x Jundia leiaurios marmoratus e sim do Jundiá  que leva características de uma espécie onívora, se alimentando de rações com níveis protéicos de 28 a 32%, muito resistente ao manejo, bom crescimento e  alto rendimento de filés.

Nos últimos 14 anos a Piscicultura Águas Claras vem estudando esta espécie que tem  demonstrado excelentes resultados e agora começa a ser criado por produtores em todo o Brasil. Acreditamos no potencial dos bagres do gênero Leiarius e sabemos que os peixes inseridos neste gênero irão contribuir para o abastecimento da população com proteína de pescado mais barata.