Governo quer aumentar produção de peixes para 55 mil toneladas em MG

Governo quer aumentar produção de peixes para 55 mil toneladas em MGMinistro da Pesca e Aquicultura visitou região Central de Minas Pescadores reivindicam legislação única e recursos financeiros

Os municípios de Morada Nova de Minas e Três Marias, na região Central de Minas Gerais, receberam nesta semana a visita do ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella.  A iniciativa teve como objetivos conhecer a situação da atividade pesqueira nas cidades, para verificar as necessidades e reivindicações de quem lida diretamente com a atividade.

Segundo o ministro, a pesca tem apresentado resultados economicamente satisfatórios e precisa de investimentos financeiros e recursos humanos para se consolidar ainda mais, já que a região reúne um conjunto de características que permite o desenvolvimento da atividade, e a mais relevante é a presença do rio São Francisco.

“Temos aqui o maior potencial de produção de pescado de Minas Gerais. Queremos implantar parques e áreas aquícolas para estimular a pesca. Precisamos nos encontrar com os recursos naturais abundantes do Brasil. Além de estimular o consumo, queremos atender a uma demanda mundial por pescado.”

O prefeito de Três Marias, Vicente Rezende, disse que mais que potencial turístico, o lago de Três Marias, que abrange vários municípios, “deve se transformar em uma fonte produtora de peixes”. Ele diz que pretende buscar alternativas junto ao Ministério da Educação para capacitar a mão de obra na cidade.

A pesca em números

São produzidos por ano na região cerca de seis mil toneladas de pescado, beneficiando 200 famílias. A intenção é de que a produção alcance 55 mil toneladas.  Atualmente existem pisciculturas estabelecidas em sete dos oito municípios no entorno da Represa de Três Marias. São eles: Morada Nova de Minas, Felixlândia, Paineiras, Abaeté, São Gonçalo do Abaeté, Pompéu e Três Marias.

O Brasil produz apenas 500 mil toneladas em cativeiro, podendo chegar a produzir 20 milhões de toneladas. O consumo per capita por ano é inferior a dez quilos de peixe, enquanto que, na média mundial, é de 17 quilos, e o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 12 quilos.

Reivindicações de quem lida com a pesca

O presidente da Colônia de Pescadores Z5 de Três Marias e região, Marco Aurélio de Lima,  disse que é preciso unificar as legislações federal e estadual, para agilizar por exemplo, a concessão de licenças, investimentos em equipamentos, transporte e produção de ração para os peixes.

Segundo Marcelo Crivella, uma fábrica de ração vai ser montada na região e caminhões frigoríficos também serão concedidos.

Apesar dos problemas, o presidente da Colônia afirma que a região está ganhando destaque no cenário estadual da pesca. “Há oito anos atrás Minas Gerais não tinha associação nenhuma com a atividade pesqueira.  A visita do ministro significa que estamos tendo um reconhecimento a nível nacional.”

Mais de 35 espécies reproduzidas em cativeiro são devolvidas ao rio, entre elas curimatã pacu, zulega ou xira, curimatã, surubim, dourado, piau verdadeiro, matrinxã, pacamã e pirá. Este é o resultado de um projeto desenvolvido pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Três Marias, administrado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Paranaíba (Codevasf).

Yoshimi Sato é biólogo do projeto e trabalha na preservação dos peixes há mais de 30 anos. “Além da reposição do estoque dos peixes no ambiente, outra função importante é a manutenção da espécie, tendo em vista que cada uma têm uma importância ecológica”, explica Sato.

Ele ainda conta que alguns exemplares de peixes, que não eram mais encontrados no reservatório da cidade, estão reaparecendo, como é o caso do matrinxã e curimatã.

“É uma vitória muito grande, demonstra que a espécie está presente no ambiente e que o trabalho está gerando bons resultados.”

O superintendente da Codevasf em Minas Gerais, Dimas Rodrigues, diz que “a piscicultura proporciona sustentação econômica importante para a região”.

Ele afirma também que o Governo Federal liberou R$2,5  milhões para investimentos na atividade. “Com a verba adquirimos equipamentos e estamos focando na capacitação humana para oferecermos assistência de qualidade aos pescadores”

O trabalho de revitalização rendeu ao biólogo Yoshimi Sato e à Codevasf, o Prêmio Bom Exemplo 2012, que reconhece ações que fazem a diferença na sociedade, e é promovido pela TV Globo Minas, Fundação Dom Cabral, Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e Jornal O Tempo.

Preservação ambiental e a atividade pesqueira

Preservação ambiental e a atividade pesqueira

Mais de 35 espécies reproduzidas em cativeiro são devolvidas ao rio, entre elas curimatã pacu, zulega ou xira, curimatã, surubim, dourado, piau verdadeiro, matrinxã, pacamã e pirá. Este é o resultado de um projeto desenvolvido pelo Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Três Marias, administrado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Paranaíba (Codevasf).

Yoshimi Sato é biólogo do projeto e trabalha na preservação dos peixes há mais de 30 anos. “Além da reposição do estoque dos peixes no ambiente, outra função importante é a manutenção da espécie, tendo em vista que cada uma têm uma importância ecológica”, explica Sato.

Ele ainda conta que alguns exemplares de peixes, que não eram mais encontrados no reservatório da cidade, estão reaparecendo, como é o caso do matrinxã e curimatã.

“É uma vitória muito grande, demonstra que a espécie está presente no ambiente e que o trabalho está gerando bons resultados.”

O superintendente da Codevasf em Minas Gerais, Dimas Rodrigues, diz que “a piscicultura proporciona sustentação econômica importante para a região”.

Ele afirma também que o Governo Federal liberou R$2,5  milhões para investimentos na atividade. “Com a verba adquirimos equipamentos e estamos focando na capacitação humana para oferecermos assistência de qualidade aos pescadores”

O trabalho de revitalização rendeu ao biólogo Yoshimi Sato e à Codevasf, o Prêmio Bom Exemplo 2012, que reconhece ações que fazem a diferença na sociedade, e é promovido pela TV Globo Minas, Fundação Dom Cabral, Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e Jornal O Tempo.

Fonte: http://g1.globo.com