Goianos reativam associação de piscicultura no Estado

Goianos reativam associação de piscicultura no EstadoOs criadores de peixe, ao reativarem a Associação Goiana de Piscicultura, durante assembleia geral na última terça-feira (19), traçaram planos e elegeram uma nova diretoria, presidida por Adilon de Souza, um dos maiores especialistas no assunto. O novo presidente já foi prefeito de Rubiataba, Região do Vale do São Patrício, presidente da Associação Goiana dos Municípios, deputado federal e compõe atualmente a diretoria da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura, a quem a nova associação está vinculada.

Adilon de Souza prometeu “desatar o nó” com os novos membros da diretoria, ao estabelecer missões a cada componente. O fomento à piscicultura consiste, em sua proposta, numa ação parceira com todos os segmentos. Foram citados o Ministério da Pesca e Aquicultura, a Secretaria da Agricultura, a Superintendência da Pesca, entre outros. O setor pesqueiro envolve, além da criação, produção de ração e a indústria de transformação.

O novo presidente da AGP deixou claro que o mercado atacadista exige dos produtores o fornecimento regular de peixes, com entrega no prazo, para que a distribuição seja bem feita. Será criado um cadastro dos criadores para que haja um controle e facilite a comunicação entre todos.

A produção nacional de peixes no ano de 2010 foi de 479 toneladas, representando uma alta de 15,3% em relação ao ano anterior. Atualmente, Goiás ocupa a sétima posição nacional, com uma produção de 18,7 toneladas de pescados, com destaque para a tilápia, a espécie mais cultivada. Na opinião de produtores participantes da assembleia no auditório da SGPA, os goianos podem produzir dois milhões de toneladas, sem competir com a carne bovina, suína ou de aves, itens considerados fortes na economia de Goiás.

Os maiores gargalos a serem vencidos para o desenvolvimento da atividade no Estado são: o licenciamento ambiental; legislação da produção, comercialização e transporte de pescados; ausência de assistência técnica especializada, carga tributária excessiva e desorganização da cadeia produtiva. Segundo dados da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás (Semarh), o Estado conta, hoje, com 1.487 propriedades com tanques de peixes, mas apenas 400 possuem licenciamento ambiental.

No processo, a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) se dispõe a aperfeiçoar a mão de obra. Segundo o responsável pela piscicultura, Jesus Xavier, recentemente a instituição treinou 30 pessoas e há a expectativa pelo treinamento de mais 40. “É a nossa importante contribuição ao fomento da piscicultura no Estado”, observa Xavier.

O Ministério da Pesca e Aquicultura criou recentemente o parque aquícola em Serra da Mesa, Região Norte de Goiás. A expectativa geral dos produtores é que um novo parque seja criado oportunamente em Itumbiara, na Região Sul do Estado.

Fonte: http://www.dm.com.br