 Um local para o desenvolvimento da aquicultura (técnica de cultivo de animais e plantas aquáticos) com o uso sustentável do ambiente marinho e um laboratório didático flutuante para práticas de criações no mar. Esse é propósito do AquaLab, um projeto do Instituto Oceanográfico (IO) da USP que deve ser implantado no mar da Enseada do Flamengo, no município de Ubatuba, no Estado de São Paulo.
Um local para o desenvolvimento da aquicultura (técnica de cultivo de animais e plantas aquáticos) com o uso sustentável do ambiente marinho e um laboratório didático flutuante para práticas de criações no mar. Esse é propósito do AquaLab, um projeto do Instituto Oceanográfico (IO) da USP que deve ser implantado no mar da Enseada do Flamengo, no município de Ubatuba, no Estado de São Paulo.
O primeiro passo para a instalação dessa fazenda marinha foi realizado no dia 14 de abril com assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre a USP e o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) para a cessão da área de pouco mais de dois hectares.
“Após a cessão da área, o projeto prevê a aquisição de equipamentos específicos que serão instalados para criação de peixes, moluscos e algas. O projeto original contempla quatro tanques rede circulares para peixes e dois a quatro longlines (cordas suspensas por boias). Como o laboratório será flutuante, é preciso fazer a ancoragem desse material”, explica o professor Daniel Lemos, professor do Laboratório de Aquicultura (LAM) do Departamento de Oceanografia Biológica do IO.
A implantação do AquaLab está orçada em R$ 450 mil. Cerca de um terço desse valor já foi disponibilizado pelo programa Pró-Inovalab, da Pró-Reitoria de Graduação da USP. O Pró-Inovação no Ensino Prático de Graduação visa apoiar projetos para instalação de laboratórios destinados às aulas práticas inovadoras.
Segundo o pesquisador, já foi instalada uma estrutura experimental com uma balsa flutuante, na qual os peixes são mantidos em experimentos em frente à base do IO em Ubatuba para testes das futuras operações da fazenda marinha. “O AquaLab servirá de espaço para o ensino dos estudantes da USP e também para pesquisas relacionadas ao manejo, alimentação e nutrição de espécies marinhas. Nossos estudos são aplicados para os criadores, para que eles tenham maior produtividade de uma forma sustentável”.
 A fazenda marinha deverá funcionar como uma estação de cultivo integrado multitrófico, um sistema inédito no Brasil de criação com organismos ocupando espaços e itens alimentares distintos, ao invés de sistemas com apenas uma espécie.
A fazenda marinha deverá funcionar como uma estação de cultivo integrado multitrófico, um sistema inédito no Brasil de criação com organismos ocupando espaços e itens alimentares distintos, ao invés de sistemas com apenas uma espécie.
“O cultivo multitrófico, com a criação simultânea de diferentes espécies como peixes, mexilhões e algas, pode amenizar impactos de poluição do mar como o excesso de nutrientes para as espécies marinhas”, afirma Lemos.
Entre as espécies que serão cultivadas no AquaLab estão algas, camarão, mexilhão, peixes bijupirá, garoupa, robalo-peva, robalo-flecha. “O bijupirá é uma espécie de alto crescimento para a criação no litoral paulista e é ideal para o uso culinário, os estudos sobre a espécie podem melhorar a criação e oferta do peixe para os consumidores”, disse o pesquisador.
A expectativa para que o processo de compra e instalação dos equipamentos do AquaLab sejam finalizados é entre o final deste ano e começo de 2016.
Fonte: http://www.usp.br
 
 




