Em pouco mais de um ano, três estados brasileiros com grande tradição pesqueira – Pará, Rio Grande do Norte e Santa Catarina – contarão com planos estratégicos para o desenvolvimento da pesca industrial, artesanal e amadora, incluindo a captura de peixes ornamentais.
Estes planos, considerando a realidade da pesca costeira, oceânica e continental, serão elaborados pelo Instituto Sócio ambiental e Recursos Hídricos da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), com sede em Belém (PA), a partir de um convênio assinado nesta quarta-feira (16) com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), em Brasília.
Na assinatura do convênio, o ministro Marcelo Crivella comemorou a iniciativa. “Nosso País conta com uma vastidão de território e uma diversidade de pescarias, e por isto é importante termos informações mais aprofundadas sobre o setor nos estados para preenchermos lacunas e aproveitarmos melhor o nosso potencial pesqueiro”.
A elaboração dos planos demandará uma pesquisa de campo exaustiva. Serão identificadas as infraestruturas pesqueiras, as principais embarcações envolvidas, as espécies capturadas, os apetrechos de pesca utilizados e as formas de comercialização do pescado. Os estudos incluirão o levantamento das organizações sociais e do perfil sócio econômico dos profissionais do setor, bem como as formas de capacitação para as atividades.
Responsabilidade
“Este será um trabalho grandioso e de grande responsabilidade”, avaliou o reitor da UFRA, Sueo Numazawa. Ele se mostrou, porém, confiante de que a equipe do instituto fará um bom trabalho. Este é o segundo convênio do MPA assinado este ano com a Universidade Federal Rural da Amazônia. Em julho passado foi acertada a construção de quatro protótipos de embarcações, que depois poderão ser fabricadas em maior escala. As embarcações – que ficarão prontas ainda este ano – contarão com as melhores especificações técnicas para a captura, respectivamente, dos atuns (albacora e o espadarte), das pescadas e bagres e das lagostas (vermelha e verde).
O novo trabalho, de diagnóstico e planos estratégicos para o setor pesqueiro nos três estados, demandará recursos da ordem de R$ 2,97 milhões, dos quais R$ 2,83 do MPA e o restante da universidade.
Atualmente Santa Catarina e Pará são os dois maiores produtores de pescado do Brasil, respectivamente com produção em 2011 de 194.866,6 toneladas (13,6% da produção nacional) e 153.332,3 toneladas (10,7%). O Rio Grande do Norte, com produção de 49.932,2 toneladas de pescado em 2011, conta com um importante polo de pesca oceânica, dedicado deste a atuns e afins à captura de lagostas. Também é grande produtor de camarão.
Fonte: http://www.mpa.gov.br