Epagri conclui estudo sobre potencial da piscicultura em Santa Catarina

Piscicultura em SC ocorre em pequenas propriedades

A Epagri disponibilizou o resultado do estudo de potencial do território de Santa Catarina para a piscicultura continental das espécies tilápia nilótica, carpa, truta, jundiá e lambari. “Conhecer esse potencial nas diferentes regiões do Estado favorece o planejamento da piscicultura, tanto na escolha da espécie melhor adaptada a uma determinada região, quanto na escolha do melhor local de cultivo para cada uma”, diz o coordenador do projeto, pesquisador Luiz Vianna.

Ele explica que através da avaliação de potencial é possível identificar, por exemplo, as regiões com temperatura ótima de crescimento para cada espécie, as áreas protegidas por lei, os terrenos com declividade e posição topográfica ideais para cada tipo de reservatório de cultivo, as condições de cobertura do solo no entorno dos projetos aquícolas e o acesso aos recursos hídricos.

A visualização dos elementos do estudo pode ser feita por meio de mapas que trazem os fatores e critérios para cada espécie e/ou grupos de espécies. Neles é possível acessar o potencial aquícola por município, por corpo d´água com área superior a dois hectares e por localização geográfica. Além disso, também estão disponíveis no sistema os mapas de aptidão das terras, solos, geologia, geomorfologia, clima e vegetação.

Piscicultura em SC ocorre em pequenas propriedades

Segundo a Associação Brasileira de Piscicultura, Santa Catarina é o quarto produtor nacional de peixes continentais com uma produção superior a 50 mil toneladas em 2019. Naquele ano, a produção brasileira ficou acima de 758 mil toneladas.

Dentre as espécies cultivadas no Estado, o Anuário da Piscicultura de 2020 destaca a tilápia nilótica, com 77%, e as carpas e trutas, que juntos representam 17%. As espécies nativas representam 6%, mas podem vir a aumentar a partir pesquisas para avaliar o potencial produtivo de algumas, como o jundiá e o lambari, que estão em andamento.

Vianna destaca que a piscicultura catarinense tem algumas características que a distinguem de outros Estados. “Em sua maioria ela se desenvolve em pequenas propriedades rurais, com média de 2 hectares de lâmina de água por propriedade e mão de obra familiar”, diz ele.

Maiores produtores de peixes

Dados da Epagri de 2020 apontaram o município de Rio Fortuna, no Sul catarinense, como o maior produtor de peixes em água doce com 2.615,01 toneladas/ano, seguido de Massaranduba com 1.891,20 toneladas, Ituporanga em terceiro com1.849,33 toneladas, Armazém 1.698,54 t e Joinville  com1.531,79 toneladas. A produção de peixes em lagoas naquele ano alcançou a marca de 50.462 toneladas e uma movimentação econômica de R$ 244,9 milhões.

Fonte: https://www.jdv.com.br/