O ministro da pesca e aquicultura, Marcelo Crivella, entregou hoje (26), em Goiânia (GO), os certificados de posse de mais de 300 áreas para a criação de pescados nos parques e áreas aquícolas do lago da hidrelétrica de Serra da Mesa. Sozinho, o projeto do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) tem capacidade para dobrar a produção de pescados do Estado, que atualmente se encontra na casa de 17 mil toneladas.
Com a ação no lago de Serra da Mesa e também nos lagos de Cana Brava, Itumbiara e São Simão, somadas aos investimentos do MPA para a construção de infraestruturas de processamento e produção de ração na região Norte do Estado, Goiás passa a ter potencial para se transformar em um dos mais importantes criadores de pescado do Brasil. Além disso, o peixe se firma como alternativa de renda para agricultores familiares, moradores dos arredores das represas e empresários interessados na produção em grande escala. “A riqueza aqui em Goiás é tão grande, que nenhum de nós é capaz de mensurá-la”, disse Marcelo Crivella, ao lado do vice-governador de Goiás, José Eliton de Figueredo Júnior, do secretário de agricultura de Goiás em exercício, José Manoel Caixeta e da secretária do meio ambiente, Jaqueline Vieira.
Crivella voltou a defender a aquicultura consorciada com a agricultura, que atualmente é um dos motores da economia do Estado. “Imagine se antes de molhar a soja ou o milho o produtor usasse a água do tanque para criar peixe. A produção cresceria muito mais”, lembrou. O ministro ainda defendeu a importância do pescado na segurança alimentar do mundo e a responsabilidade de Goiás e do Brasil para com as populações que passam fome. Crivella também fez questão de agradecer as ações do Estado para o licenciamento ambiental das criações.
O vice-governador falou sobre o momento histórico do Brasil com relação a produção de pescados. Para ele, as bases para que o Estado e o País se transformem em grandes produtores estão lançadas e sólidas. “Este projeto, no nosso Estado, acendeu em muitos corações a vontade de produzir e gerar riquezas”, destacou.
A secretária do Meio Ambiente lembrou que, em Goiás, a aquicultura é tratada como empreendimento de baixo impacto ambiental, com licenciamento simplificado e via internet, que deveria servir de exemplo para outros estados. “Nós temos conversado muito com os produtores e, quando eles têm dificuldades, cuidamos para que eles tenham acesso facilitado ao licenciamento”, garantiu.
Fonte: http://www.mpa.gov.br