Criação de pirarucu atua na geração de renda em reassentamento, em RO

Criação de pirarucu atua na geração de renda em reassentamento, em RO
foto meramente ilustrativa

Rondônia está inovando e investindo na criação de peixes em cativeiro. A unidade de demonstração é desenvolvida no reassentamento Santa Rita, que conta com 135 lotes. O projeto funciona no quintal do sítio do agricultor Domingues Mendes, distante cerca de 100 quilômetros de Porto Velho.

O sistema é inovador e possui licenças prévias de instalação e operação, de acordo com o consórcio Santo Antônio Energia, e é um dos maiores demonstrativos de criação de cativeiro do maior peixe de água doce do mundo, o pirarucu, uma espécie nativa da Região Amazônica.

Em uma área de três hectares, há oito caixas d´água de mil litros e três tanques de engorda. Os alevinos são comprados em Porto Velho e depois criados por Domingues e a esposa dele, a agricultora Socorro Lima. Em um espaço apropriado, a criação de pirarucu passa por um processo diferenciado, pois são ensinados a comer ração e a viver em um ambiente domesticado. “Todos os dias alimentamos os peixes pela manhã e em seguida secamos o tanque e com o auxílio da bomba substituímos a água”, explica Socorro.

Alguns peixes são comercializados, outros vão para tanques maiores onde é feita a engorda para que eles cheguem a fase adulta. O sistema faz parte do sonho de muitos agricultores. Domingues Mendes afirma que o desejo surgiu no assentamento Joana D’arc e que, aos poucos, se torna realidade, gerando renda para a família.

“Quando nós mudamos para cá eu percebi que era o lugar ideal para realizar esse sonho. Aos poucos estamos produzindo e colhendo os resultados positivos”, afirma Domingues.

O projeto

Inédito em Porto Velho, o projeto permite um melhor aproveitamento da área e a produção de 50 quilos de peixe por metro cúbico de água. Rica em nutrientes e fósforo, a água é trocada todos os dias e é reutilizada na irrigação da lavoura que possui pés de abacaxi, açaí, limão, entre outras frutas e verduras.

“É um projeto importante, principalmente para a agregação de renda para as famílias. A ideia partiu do próprio produtor em criar o pirarucu. A ideia é criar mecanismos para expandir a produção nessa região”, garante o engenheiro agrônomo Janderson Rodrigues Dalazem.

Uma equipe especializada ajuda a cuidar desses animais que na fase adulta chegam a ter quase 16 centímetros, podendo pesar até 12 quilos e 90 centímetros. Em dois anos de projeto, foram vendidos mais de quatro mil peixes, todos na fase adulta. Os trabalhos são realizados em parceria com a Emater e a Santo Antonio Energia. A ideia é expandir os negócios e vender até para outros estados.

Veja o vídeo nesse link: http://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2014/07/criacao-de-pirarucu-atua-na-geracao-de-renda-em-reassentamento-em-ro.html