Congresso de Espécies Nativas debate desenvolvimento da agricultura

Congresso de Espécies Nativas debate desenvolvimento da agriculturaO desenvolvimento da aquicultura no Brasil começou a ser discutido nesta quinta-feira, 21, em Belém, com a abertura do Congresso Brasileiro de Espécies Nativas, que está sendo realizado no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia. Palestras, mesas-redondas e workshops fazem parte do evento, do qual participam cerca de 800 pessoas, inclusive os maiores especialistas da área, e cujo encerramento será no sábado, 24. Realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o congresso tem apoio da Secretaria Estadual de Pesca e Aquicultura (Sepaq), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Ministério da Pesca.

“O Governo do Estado não mediu esforços para apoiar esse evento, que é de grande importância para a aquicultura no Estado, trazendo para Belém renomados pesquisadores e estudantes de todo Brasil”, disse o diretor de Desenvolvimento de Aquicultura da Sepaq, Flávio Augusto. Os participantes terão oportunidade de conhecer, num estande montado no hall do congresso, os trabalhos que a secretaria vem desenvolvendo no Estado. “Dois engenheiros de pesca vão ficar de plantão para esclarecer quaisquer dúvidas sobre os projetos de criação de espécies aquáticas em cativeiro no Estado”, explicou o chefe de Gabinete da Sepaq, Zeca Sena Paes.

Também vão ser exibidos vídeos sobre os trabalhos desenvolvidos pela secretaria no interior do Estado. Atualmente, existem duas Estações de Aquicultura para criação de alevinos, no Pará, uma em Santarém e outra em Terra Alta. Este ano, elas já produziram cerca de 6 milhões de alevinos de tambaqui e pirapitinga. Toda a produção foi doada a famílias que trabalham com piscicultura, em duas modalidades: tanques-redes (diretamente no rio) e tanques escavados (lagos artificiais para reprodução das espécies). A Sepaq também capacita produtores, por meio de cursos técnicos e palestras. As Estações de Aquicultura são usadas por universitários que desenvolvem trabalhos de pesquisa ou fazem estágio nos laboratórios das unidades, em Santarém e Terra Alta.

Para a bióloga e presidente do congresso, Alexandra Bentes, a realização do evento em Belém contribui para fomentar a produção de peixes nativos em cativeiro no Estado. “O pirarucu, por exemplo, tem um grande potencial, que já começa a ser explorado no Pará”, disse ela. “Esses trabalhos serão mostrados no congresso”. Participaram da abertura do evento, entre outras autoridades, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, Carlos Xavier; o presidente do Sebrae-PA, Wilson Schuber, e o coordenador executivo do congresso e pesquisador da Embrapa, Heitor Martins Jr.

Fonte: http://www.agenciapara.com.br