CNA destaca potencial brasileiro para a produção de peixes

O Brasil tem potencial para ampliar sua produção de peixes, mas para alcançar esse objetivo é preciso superar diversas dificuldades, inclusive em relação à regularização dos produtores.

O Brasil tem potencial para ampliar sua produção de peixes, mas para alcançar esse objetivo é preciso superar diversas dificuldades, inclusive em relação à regularização dos produtores, afirmou nesta sexta-feira (22-06), em palestra no Espaço AgroBrasil, liderado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no Pier Mauá, o assessor da Comissão Nacional de Aquicultura da entidade, João Carlos de Carli. Citou que essa condição gera insegurança jurídica e dificulta o acesso às linhas de crédito, durante evento organizado pela CNA para debater o potencial da aquicultura brasileira no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

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Entre as dificuldades enfrentadas pelo setor, mencionou a falta de tecnologia de produção para espécies nativas e de mão de obra especializada, o que eleva o risco da atividade. Também lembrou que faltam foco e continuidade nas políticas de desenvolvimento, condição que amplia o quadro de insegurança jurídica. A falta de foco, especialmente na pesquisa, também foi apontada pelo chefe geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) Pesca, Carlos Magno, e pelo vice-presidente da Comissão, Eduardo Ono. Magno lembrou que foram aprovados 750 trabalhos para apresentação na Aquaciência, que acontece no começo de julho, em Palmas, no Tocantins. A maioria desses trabalhos, afirmou, têm focos distintos.

Além desses problemas, o assessor da comissão citou que a pequena escala de produção é uma das características dessa atividade, o que reduz a competitividade nacional. O País tem 12% da água doce do mundo. Um debate aprofundado sobre o uso da água, como forma de atender aos interesses do País, foi sugerido pelo chefe da Assessoria de Assuntos Estratégicos e Relações Institucionais do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Luis Sabanay. “Precisamos encontrar uma forma de aproveitar bem esses recursos e contribuir para a propulsão do País”, afirmou.

O debate realizado após o encontro foi mediado pelo chefe do Departamento de Relações com o Governo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Antonio Alves Junior. Ele citou a forte demanda por alimentos no mundo e disse que a tendência é de consumo aquecido, passado o período atual de crise internacional. Ono lembrou que um crescimento “explosivo” na atividade pode ser prejudicial. A presidente da Comissão Nacional de Aquicultura da CNA, Miyuki Hyashida, também participou do debate.

Fonte: http://www.midianews.com.br