Churrascarias, hotéis e à la carte são estabelecimentos que mais compram pescado no Brasil, diz consultor

Há algumas décadas a churrascaria era o primeiro lugar que vinha à cabeça quando se pensava em comer uma boa carne assada. Embora a proteína bovina ainda continue liderando a preferência, hoje este estabelecimento também atrai diversos públicos que o tornam uma das principais portas de entrada para o food service.

Segundo Enzo Donna, da ECD Consultoria, as churrascarias contemplam diversos tipos de proteínas. “Quando se fala das proteínas (suína, bovina, frango e pescado) elas são a fonte mais completa – quem compra de tudo um pouco é a churrascaria. Nesse sentido ela é uma porta de entrada porque engloba todos os produtos.”

Donna disse que o modelo inicial de churrascaria foi perdendo espaço com o passar dos anos, o perfil de consumo do brasileiro foi alterado, sobretudo com o surgimento de novas tendências, como por exemplo a saudabilidade.

Para continuar competindo no mercado, os estabelecimentos precisaram se reinventar. Foi quando passaram a incorporar nos cardápios itens como as saladas, massas, queijos e, principalmente, a culinária asiática.

Segundo o consultor, a comida japonesa é a grande responsável pela alta no consumo de pescado nas churrascarias. “Há 15 ou 20 anos era basicamente carne, frango, suíno com linguiças e saladas, mas não comida japonesa. Hoje ela é superpotente nesses estabelecimentos, com a presença de pescado e frutos do mar”, completou Donna.

O consultor ainda informou que tem realizado diversas pesquisas a respeito nos últimos anos, e já é possível observar a participação do pescado em compras coletivas por estabelecimento. Ele aponta que as churrascarias, hotéis e à la carte são os estabelecimentos que mais compram pescado. Nas churrascarias, o pescado representa 12% do total das compras de proteínas, liderada pela carne. Já nos à la carte e hotéis o número chega a 14%.

Dos R$ 160 bilhões de tudo que o food compra da indústria, 34% correspondem às compras totais de proteínas, das quais 2% é pescado.

Fonte: http://seafoodbrasil.com.br/