A ação busca contribuir para o desenvolvimento sustentável dos setores da pesca e aquicultura no país africano, por meio de capacitações técnicas e do incremento da eficiência produtiva dos setores de pesca artesanal, industrial, amadora e aquicultura. Assinaram o acordo o ministro da Pesca e Aquicultura, Eduardo Lopes, o diretor da Agência Brasileira de cooperação do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Fernando José Marroni de Abreu e o encarregado de negócios da Embaixada da Costa do Marfim, Bomoi Raymond Daniel.
Segundo o ministro Eduardo Lopes, o Brasil e o continente africano possuem laços extremamente significativos em termos culturais e, principalmente, relacionados à própria formação da sociedade brasileira. “ Nos últimos anos, o conjunto de ações desenvolvidas pelo Brasil de fortalecimento dos laços existentes entre os dois continentes somente confere com a identidade cultural, econômica e social existente, enfatiza Lopes.
O ministro disse ainda, que no caso particular da Costa do Marfim, e mais precisamente no segmento da pesca e aquicultura, os laços existentes com o Brasil são ainda mais específicas. “No início dos anos 70, as primeiras matrizes de tilápias utilizadas no Brasil vieram da Costa do Marfim. Nessa primeira remessa, somente 60 alevinos chegaram vivos e passaram, ao longo dos anos, por um, profundo e significativo processo de melhoramento genético e intensivo em tecnologia aplicada ao seu desenvolvimento.Logo após o recebimento dessa remessa de tilápias, surge o primeiro instrumento de cooperação bilateral, ainda no ano de 1972, que previa possibilidade de cooperação em diversas áreas, dentre as quais comunicações, cultura e energia. Hoje, somente o Ceará, produz cerca de 40 mil toneladas de tilápias anualmente, comemora Eduardo Lopes.
Ele destacou que em outubro de 2012, o Ministério da Pesca e Aquicultura realizou a primeira missão de prospecção à Costa do Marfim. Os relatórios dos técnicos que participaram dessa missão apontaram a existência de grande potencial de desenvolvimento do segmento da pesca artesanal e da aqüicultura, bem como possibilidades adicionais de crescimento na pesca industrial e na pesca desportiva. A partir desse novo potencial detectado, nova missão técnica foi realizada em abril de 2013, especificamente para a área da pesca industrial e da pesca desportiva.
Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br