Balsa se torna alternativa para combater desperdício de peixe no AM

Balsa pode receber 30 barcos de pesca ao mesmo tempo em Manaus. Atualmente, somente Feira da Panair está autorizada para realizar serviço.

Uma balsa que vai servir como ponto de desembarque do pescado em Manaus foi instalada pela Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) como alternativa para combater o constante desperdício de peixe no Amazonas. Com capacidade para receber 30 barcos de pesca ao mesmo tempo, sendo 15 barcos de cada lado, a balsa tenta minimizar a falta de postos de desembarque do alimento na capital.

A balsa foi instalada no Porto de São Raimundo, no mesmo local em que funcionava a travessia para o Cacau-Pirêra, na Zona Sul de Manaus. O horário de funcionamento será principalmente durante a noite, das 19h às 6h, ao contrário da balsa de desembarque da feira da Panair, que funciona das 3h às7h.

balsa

Na última sexta (24), um barco com 25 mil sardinhas atracou no local e está vendendo o cento de peixe a R$ 50. A previsão é de que a grande procura dos barcos seja no fim da semana que vem, quando deverá haver nova superprodução de pescado.

Manaus tem apenas um terminal pesqueiro, onde existe uma balsa com espaço para muitas embarcações e até um frigorífico. Uma obra de R$ 18 milhões, que levou cinco anos para ser construída, mas ainda não foi repassada ao Ministério da Pesca, que vai equipar o espaço, por causa de um impasse judicial que bloqueia o processo.

Medidas para evitar desperdício

O  titular da Sepror, Eron Bezerra, anunciou no ultimo dia 16 de agosto cinco medidas para evitar o desperdício de peixes em Manaus.

Entre as medidas estão: aumento de quatro para seis no número de caminhões frigoríficos do Programa Peixe Popular, quatro pontos fixos de venda de peixes em Manaus para facilitar o acesso dos consumidores e agilizar a venda do pescado; aluguel do frigorífico Ar Frio (Distrito Industrial) com capacidade para 900 toneladas para armazenar o excedente do pescado; e o recolhimento do peixe sem condições de comercialização (por estar abaixo do tamanho permitido para pesca) e inadequado para o consumo, além da balsa recém instalada balsa.

A meta é transformar esse alimento em ração animal ou em adubo orgânico, através de parceria com o Instituto Federal do Amazonas (IFAM).

Fonte: http://g1.globo.com