Assinada ordem de serviço para construção do frigorífico de peixe de Cruzeiro do Sul

O plano de transformar o Acre no endereço do peixe na Amazônia está saindo do papel.

Na manhã desta terça-feira, 24, o vice-governador César Messias levou ao Juruá uma boa notícia: assinou a ordem de serviço para a construção do frigorífico de peixe e dentro de dez dias, com a finalização do processo licitatório, terá início também a obra do centro de alevinagem com capacidade de produção de um milhão de alevinos por ano.

“Eu sou um defensor da piscicultura porque desde 1982 eu me interesso por isso e comecei a estudar, a ler, participar de palestras. E defendo porque sei que é algo viável, lucrativo e que se adapta muito bem às nossas condições de clima, de solo. O Acre vai ser o endereço do peixe na Amazônia, como disse o governador Tião Viana, e o peixe é a comida do futuro”, disse o vice-governador César Messias.

No frigorífico, que terá tecnologia de ponta, o investimento será de R$ 4 milhões em infraestrutura e R$ 4,5 milhões em equipamentos, serão processadas e filetadas toda a produção de peixe do Juruá. Segundo o secretário de Desenvolvimento Florestal, Indústria e Comércio (Sedens), Edvaldo Magalhães, a meta é produzir no Acre 20 mil toneladas de peixe por ano, para atender ao mercado interno, mas, principalmente, para a exportação.

“Quando o governador nos falava que queria desenvolver no Acre um projeto de piscicultura que fosse referência no Brasil eu confesso pra vocês que ficava meio desconfiado, porque ele queria algo muito grande. Mas hoje, um ano depois, as coisas já estão acontecendo e hoje nós damos início à obra do frigorífico, que terá a mesma tecnologia que será empregada na unidade de Rio Branco, mas com uma capacidade de produção menor”, comentou o secretário.

O presidente da Cooperativa de Produtores de Peixe do Juruá, Sansão Gomes, comemorou a assinatura da ordem de serviço. “Essa ação de governo é algo que está mudando a vida de pais de família, de produtores que ganharam um açude, que ganharam alevinos e que hoje já estão colhendo os frutos, já vendem os peixes. É nossa responsabilidade ter o cuidado de não deixar faltar peixe para este frigorífico, porque este era o nosso sonho”, disse.

João Silva, conhecido por Todo Feio, é o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, falou para uma plateia de produtores sobre a importância dos sonhos. “O governo Tião Viana tem sido um governo diferente. Eu digo que hoje a gente pode sonhar sem medo de ser feliz. Eu lembro do tempo que a gente sonhava com a BR e hoje nós temos a estrada pra ir a Rio Branco inclusive no inverno. Sonhávamos com a ponte sobre o Rio Juruá e hoje temos a ponte mais bonita do Acre.

As coisas estão acontecendo. Em 2010 eu comecei a sonhar com um centro de alevinagem, com um frigorífico, com uma fábrica de ração pra ter acesso a uma ração mais barata e hoje eu estou vendo esse sonho se realizar. Não está distante, é agora”, comentou.

Cadeia produtiva

O complexo industrial da piscicultura é um investimento de R$ 51 milhões que inclui um centro de alevinagem e um frigorífico em Cruzeiro do Sul, e um centro de alevinagem, um frigorífico e uma fábrica de ração em Rio Branco.

Em Cruzeiro do Sul a estação de piscicultura será instalada na BR-364, próximo à Ponte da Integração. “A ordem de serviço é clara: o prazo para execução da obra é de seis meses”, informou Magalhães.

O governo Tião Viana fez a opção de incentivar e investir na piscicultura, estruturando uma cadeia produtiva. Para isso, traçou a meta de construir, até 2014, cinco mil tanques para criação de peixes em áreas de pequenos produtores familiares. Este ano serão construído dois mil tanques, no ano passado foram construídos 1.169. Para garantir a participação dos pequenos, foram criadas cooperativas, que terão participação em todo o processo, inclusive nos lucros.

“O governo não quer ficar com isso. É um investimento de quase R$ 10 milhões somente no frigorifico de Cruzeiro do Sul que estamos fazendo e vamos entregar para que as cooperativas tomem conta. Queremos juntar os pequenos, os médios e os grandes produtores para fortalecer a produção e a cadeia produtiva”, disse César Messias.

Fonte: http://www.agencia.ac.gov.br