Joana diz que peixes são da espécie abotoado. Restos de comida alimentam diariamente os animais aquáticos.
Há três anos a dona de casa Joana Roseng, de 67 anos, vive diariamente a mesma rotina; levanta cedo, vai à cozinha, pega um balde com resto de comida e se dirige ao Rio Guaporé para alimentar os oito peixes de estimação da espécie abotoado. Para chama-los, quando chega às margens da água, Joana bate palma e assovia. Pouco tempo depois os peixes aparecem para comer. Durante a refeição matinal, Joana aproveita o momento para conversar com os “garotos”.
“Sempre pergunto como estão. Eles conhecem minha voz. Não posso chegar conversando perto do rio que logo eles aparecem, independente do horário do dia. É a coisa mais linda do mundo”, admite Joana. A aposentada amiga dos animais aquáticos, tem residência na Vila Neide, distrito do município de Cabixi (RO). Ao G1, a dona de casa conta que a ideia de tratar dos peixes surgiu após a família abrir uma pousada na região. “Como sobrava comida do almoço e janta, resolvi jogar na água. Foi onde eles apareceram”, explica.
Joana diz que viu cada um dos peixes crescer. “Quando comecei a alimenta-los todos eram filhotes. Mesmo grande, eu conheço cada um deles”, revela. De tão mansos que ficaram por causa do tratamento diário, os peixes permitem que a dona de casa passe a mão neles. “São minha vida. Não permito e nem permitirei que ninguém os pesque”, confessa.
Como podem nadar livremente pelo Rio Guaporé, recentemente um dos peixes de Joana desapareceu. A aposentada acredita que algum pescador o pegou. “Fiquei brava. Muita gente acha que os peixes são todos iguais e que, portanto, seria impossível eu reconhecê-los. Mas eu sei quem é cada um deles. O maior é o mais bonito”, afirma Joana.
Fonte: http://g1.globo.com