Agricultores de Ijuí criam cooperativa para criação de peixes

Agricultores de Ijuí criam cooperativa para criação de peixesA produção anual de pescados no Rio Grande do Sul é de 20 mil toneladas. Em Ijuí, na Região Noroeste do estado, um grupo de 95 agricultores criou uma cooperativa de criação de peixes.

Os animais são criados em cativeiro, dentro de açudes. A despesca ocorre cerca de 18 meses depois do início de todo o processo.

Segundo o piscicultor Marcos Megier, para ter qualidade, são seguidas várias etapas para que os alevinos, fase em que os peixinhos acabam de deixar os ovos, tenham o peso ideal para serem colocados no açude.

“Para fazer um peixe de três quilos leva mais ou menos 18 meses, então criamos os alevinos em um tanque menor e trouxemos eles para o açude quando já tem quase um quilo”, explica Marcos.

Os peixes são transportados vivos para o abatedouro, em um tanque de água limpa, que serve para limpar e mantê-los frescos.

O abatedouro fica no interior de Ijuí. Lá os peixes são retirados do caminhão e colocados no gelo. Esse processo é chamado de insensibilização, quando todo o sangue vai para a cabeça e os sinais vitais pouco a pouco param.

O responsável técnico do abatedouro, Adriano Lorenzoni, acredita que o trabalho é importante para que o peixe permaneça o mais fresco possível.

” Aqui nós limpamos, tiramos alguma membrana interna e deixamos pronto para o comércio de peixe fresco, de congelado ou de filetagem”, comenta.

Quatro tipos de peixes são produzidos na região: o Capim, o Cabeça Grande, o Prateada e o Húngara. Todos com, em média, três quilos, às vezes passando desse peso.

Todos os meses são produzidos dois mil quilos de peixes que são comercializados na feira de produtores rurais e no mercado da cidade.

O abatedouro acompanha todo esse processo de transporte para que o alimento não perca a qualidade. “Acompanhamos os processos desde o criadouro e aqui verificamos todos os aspectos de qualidade do peixe”, relata Adriano.

Na região, a feira acontece uma vez por mês, e o público comparece na expectativa de encontrar os peixes frescos. A auxiliar de farmácia Rosa Zavacki é um exemplo. “Eu gosto de pegar ele aqui porque o peixe é fresquinho”, fala.

Fonte: http://g1.globo.com/