Duas espécies de peixes voltaram a ser pescadas no Rio São Francisco: a curimatã pioa e a matrinxã. As duas espécies estavam proibidas de serem pescadas, mas foram liberadas devido a uma ação de peixamento, realizada pelo Ministério da Integração Nacional para revitalizar o rio. De acordo com a pasta, foram mais de 134 milhões de espécies nativas e não nativas de peixes reproduzidas para apoiar a piscicultura na bacia do São Francisco.
As duas espécies foram reproduzidas nos Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que são referências no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias de reprodução, larvicultura e alevinagem de espécies nativas do rio.
Dentre as 73 espécies nativas de peixes que foram reproduzidas estão cari, pacamã, piau, pacu, curimatã, pioa e piaba, além das outras duas que estavam em risco de extinção. As demais espécies foram reproduzidas apenas para apoiar a bacia. Cada espécie passou por um processo diferente de criação.
“Além de cuidar da saúde do rio, a ação garante a continuidade da pesca, resultando no desenvolvimento econômico e na segurança alimentar da população da região. No primeiro semestre de 2016, os Centros Integrados já produziram cerca de 4 milhões de alevinos de espécies nativas e foram realizados 29 peixamentos. A expectativa é que esses números aumentem ainda mais até o final desse ano”, informou em nota Leonardo Sampaio Santos, chefe da Unidade de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf.
Além disso, 61 milhões de peixes criados nos Centros foram direcionados para um programa de apoio à aquicultura da bacia, voltado para o desenvolvimento sustentável com o objetivo de fomentar a cadeia produtiva. De acordo com Sampaio, o órgão tem feito também trabalhos experimentais com a criação de espécies nativas em tanques-rede.
Fonte: http://www.correio24horas.com.br
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