Equipamento monitora índices físicos químicos de tanques rede

 

Equipamento monitora índices físicos químicos de tanques rede
Imagem meramente ilustrativo

Monitorar os índices físicos químicos de tanques de piscicultura via wireless é o principal objetivo do projeto coordenado pelo empreendedor Miguel Augusto Barreto, na empresa Lagoa Funda Associados, no município de Gararu.

O equipamento desenvolvido mede temperatura, oxigênio e pH da água dos tanques rede, onde são criados vários tipos de peixes. O projeto foi desenvolvido com recursos do edital do Programa de Apoio à Inovação nas Empresas Sergipanas (InovaSE), através da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado Sergipe.

Miguel Augusto explica que a aferição dos índices físico-químicos é de extrema importância para manter os peixes vivos no tanque. “Umas das informações que precisamos são os índices físico-químico da água, que são o índice de temperatura, pH e oxigenação. Se o pH tiver uma variação muito grande, você tem uma perda de produtividade, a morte e a oxigenação também. Se a água não tiver bem oxigenada, o peixe não se desenvolve bem e morre.”, explica.

O pesquisador começou a realizar alguns testes no tanque rede para aferir a temperatura e pH, então, percebeu que dependia muito dos funcionários para a realizar o monitoramento. A partir dessa necessidade, surgiu o projeto do monitoramento dos tanques via wireless. “A nossa ideia era ter esse acompanhamento online, onde a gente conseguisse essas informações e jogaria numa base de dados. Além de ter a informação daqueles dias que a gente queria, também poderíamos planejar e traçar como o meu tanque está se comportando”.

Outra meta do projeto é espalhar sonares para quantificar o número de peixes e o tamanho, pois influencia na distribuição da ração do peixe. Segundo Miguel, foram realizadas algumas pesquisas, mas não foi possível chegar a um resultado satisfatório. Mas o pesquisador conseguiu adaptar câmeras wireless e colocar dentro da água; e a partir da imagem do peixe, identificar o tamanho e realizar o controle da ração. O equipamento desenvolvido por Miguel Augusto também pode ser usado para qualquer atividade na aquicultura.

Para o pesquisador, o aparelho permite obter dados completos sobre o tanque e diminui a mão de obra; como consequência, tem um ganho melhor de produtividade. “Ao invés de o funcionário vir aqui todos os dias, anotar no papel e passar para a planilha, você já pega sozinho. Você pode aumentar o tempo colhimento das informações. Ele pega as informações no banco de dados e eu tenho um sistema que consigo acessar todas as informações”.

O equipamento desenvolvido por Miguel também está sendo testado em um tanque rede de camarões da Malásia. “Um teste que estamos fazendo é a criação do camarão da Malásia, também estrangeiro. Ele cresce bastante e tem um ciclo de produção de seis meses. Fizemos uns testes e conseguimos vender bem. Estamos adaptando para nossa região, apesar do aumento do consumo de peixe”.

Fonte: http://www.faxaju.com.br