Projeto sobre pesca quer garantir preservação de espécies na Amazônia

Projeto sobre pesca quer garantir preservação de espécies na Amazônia A Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio do Laboratório de Biologia Pesqueira e Manejo dos Recursos Aquáticos do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), desenvolve projetos sobre a intensidade de uso de recursos pesqueiros e os impactos da pesca sobre as populações naturais, na região amazônica. O objetivo é garantir a preservação das espécies de peixe e o manejo sustentável da exploração pesqueira extrativa na região.

O Pará é o maior produtor de pescado do Brasil, no que se refere à pesca industrial, artesanal e à piscicultura (criação de peixes em cativeiro), segundo a Secretaria de Pesca e Aquicultura do Pará (SEPAq). A exploração pesqueira na região é intensa e o comércio que advém dela é de grande importância para a garantia da sobrevivência dos moradores de comunidades ribeirinhas, por exemplo.

Segundo pesquisas realizadas no Laboratório, devido a melhor aceitação que têm no mercado, algumas espécies como piramutaba, dourada, pirarucu, tambaqui e pescada amarela se tornam alvo da exploração seletiva e intensa.

“Apesar de existirem inúmeras normas que regem a pesca, penso que estas não estão realmente contribuindo com a finalidade para que foram planejadas. A preservação das espécies de peixe e o manejo sustentável da exploração pesqueira extrativa na região requer profissionais com conhecimentos em áreas multidisciplinares (o que inclui a ecologia aquática, genética, geografia, história, economia, ciências sociais, educação, dentre outras), mas, em geral, ainda há uma grande carência de profissionais que tratem de forma integrada e eficiente desses assuntos. Sendo assim, uma das prioridades do Laboratório é justamente incentivar a formação de profissionais com esse tipo de perfil”, explica a professora Victoria Isaac, coordenadora do Laboratório.

De acordo com a professora, de umas 1.500 espécies de peixes que poderiam ser utilizadas para consumo, somente 200 aparecem nos mercados e 20 dessas 200 representam 80% da produção total. Isso, combinado com uma dinâmica típica de ambientes tropicais, de grande riqueza de espécies, mas no qual cada espécie não possui elevada abundância, vem determinando uma exploração seletiva para certos recursos, que já estão sofrendo os impactos dessa prática.

Fonte: http://www.cbnfoz.com.br