Produção de peixes é abundante em Rondônia, mas emperra na comercialização

Produção de peixes é abundante em Rondônia, mas emperra na comercializaçãoA piscicultura a cada ano ganha força em Rondônia, estado rico em recursos hídricos e dotado ainda de rios piscosos. Apesar de a natureza favorecer a pesca e a produção de peixes é grande o número de investidores em tanques para produzir em quantidade, com destaque para o tambaqui, peixe da região e de sabor inigualável e o pirarucu, o bacalhau da Amazônia.

A disposição dos produtores levou o governo do Estado a investir no incentivo a piscicultura. Sempre é bom lembrar que não é uma virtude da administração Confúcio Moura (PMDB), pois o apoio para produção de peixes vem desde a administração do ex-governador Ivo Cassol (PP), hoje senador. Mas ambos deixaram de priorizar a comercialização.

Hoje Rondônia está entre os maiores produtores de peixes do Brasil. A maior parte da produção de tambaqui vai para Manaus, in natura, porque não temos frigoríficos especializados na piscicultura.

O Estado aderiu e dá apoio a produção, mas os “luas pretas” se esqueceram que não basta produzir, mas também comercializar, industrializar, consumir. Não há um programa de governo palpável e direcionado à piscicultura, uma falha grave da administração estadual, que fomentou a produção e se esqueceu da comercialização.

Estado e municípios de maior porte devem incentivar os mini e pequenos frigoríficos de peixes, ou abatedouros municipais como em passado recente, para que a maior parte da produção seja manufatura em Rondônia. Certamente teremos garantia de maior arrecadação, de aumento da oferta de empregos de melhora na economia regional e redução dos bolsões de pobreza, que aumentam a cada dia.

Durante a Rondônia Rural Show, que termina hoje (27) em Ji-Paraná, o vice-governador Daniel Pereira (PSB), na reunião do Conselho Nacional dos Secretários da Agricultura (Consagri), que ocorreu durante a mostra apresentou uma proposta para a piscicultura na região Norte. Segundo Pereira, a peixe precisa ser uma pauta amazônica. E está correto.

O vice-governador cobrou da comunidade internacional, que pressiona a Amazônia Legal para preservação das florestas, que contribua, inclusive importando os peixes regionais.

A cobrança de Daniel Pereira é oportuna, pois a bancada federal da Amazônia conta com dezenas de representantes no Congresso Nacional (senadores e deputados) e deve juntar forças para garantir a comercialização do peixe nos demais estados e até para exportação. Nos últimos anos a produção de peixes em cativeiro em Rondônia se multiplicou por dez e carece de mercado externo.

O comando da Seagri deverá ser renovado em breve, pelo menos é o que se comenta nos bastidores do Palácio Rio Madeira. A expectativa é que o futuro titular tenha um projeto viável, emergente e eficiente para a comercialização, industrialização e exportação do pescado de Rondônia, como propôs Daniel Pereira.

Fonte: http://www.rondoniadinamica.com