Piramutabas de cativeiro são uma ótima opção para piscicultura

Piramutabas de cativeiro são uma ótima opção para piscicultura

Parte dos alevinos que nasceram, cerca de 1500 peixinhos, foram levados no mês de abril para se desenvolverem no projeto de piscicultura da Vila Nova de Teotônio, localizada a 40 quilômetros da capital. A boa notícia é que os peixes se desenvolveram bem nestes primeiros sete meses se alimentando de ração nos tanques de piscicultura.

“Depois da reprodução em cativeiro, nosso segundo desafio é conseguir um bom desenvolvimento desses alevinos de piramutabas nos tanques de piscicultura, afinal, no rio, eles se alimentam de pequenas larvas e de alevinos de outras espécies. Nos tanques, estão se alimentando de ração”, explica o biólogo Kaio Ribeiro, coordenador de Meio Ambiente da Santo Antônio Energia. “Constatamos que os peixes estão bem, saudáveis e com bom estado corporal . Esta conquista está sendo essencial para aprendermos mais sobre a biologia e o comportamento da espécie, abrindo caminho para a reprodução em cativeiro dos grandes bagres migradores da Amazônia, como a Dourada, o Filhote e o Babão, espécies alvo dos trabalhos do laboratório, devido a sua importância econômica para a comunidade ribeirinha”, acrescenta o coordenador.

A expectativa é de que em abril do próximo ano, as piramutabas atinjam o peso e o tamanho ideais para que possam ser doadas para alguma instituição assistencial de Porto Velho.

Piramutaba

A piramutaba, que é um dos bagres migradores da Amazônia, é um peixe de grande porte que pode alcançar um metro de comprimento e até 10 quilos. Ela costuma fazer uma longa viagem pelos rios de água doce, saindo da foz do rio Amazonas, no Pará, para desovar no Peru ou na Bolívia, percorrendo mais de cinco mil quilômetros durante seis meses. Do ponto de vista econômico, a piramutaba representa 60% do desembarque pesqueiro do Amazonas e do Pará e é bastante exportada para os Estados Unidos.

Laboratório de Reprodução de Peixes

Instalado na Hidrelétrica Santo Antônio, o Laboratório de Reprodução de Peixes existe desde 2015, atendendo uma condicionante do Ibama. É parte do Centro de Pesquisa de Peixes Migradores, com o objetivo de desenvolver técnicas de produção de alevinos das principais espécies migradoras do rio Madeira. O local foi construído e equipado pela Santo Antônio Energia e conta com a parceria do Projeto Pacu Aquicultura e do Instituto Tecnológico Peixes do Brasil.

Fonte: http://www.setorenergetico.com.br