Pesquisa visa desenvolver rações para peixes marinhos criados em cativeiro

Pesquisa visa desenvolver rações para peixes marinhos criados em cativeiro

Devido à alta demanda do mercado consumidor por peixes marinhos, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) está realizando um projeto de pesquisa que visa desenvolver rações balanceadas para os peixes vermelho e tainha. O projeto, coordenado pelo extensionista Rafael Azevedo, é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes). “O objetivo desse projeto é desenvolver rações, baseadas nas exigências de proteína e energia digestíveis, e determinar a frequência alimentar e a densidade de estocagem para os peixes vermelho e a tainha”, disse Rafael.

Experimentos

Os experimentos serão conduzidos no Laboratório de Cultivo de Organismos Marinhos (LabCOM), na Base Oceanográfica da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Aracruz-ES, durante três anos. “Serão executados seis experimentos, três para cada espécie de peixe. Além disso, serão passadas orientações a alunos dos Ensinos Médio e Técnico e de graduação, com demonstrações de métodos sobre a utilização das rações”, disse Rafael, que também disse que o projeto prevê a realização do primeiro Workshop sobre a cadeia da piscicultura marinha no Espírito Santo.

Importância do projeto

Segundo Rafael Azevedo, a maior parte do fornecimento de peixes marinhos é por meio da captura. Sendo assim, o desenvolvimento de tecnologia de cultivo dessas espécies poderá diversificar as espécies de peixes provenientes de cultivo, promovendo diversificação do setor aquícola.

“O projeto poderá contribuir para a abertura de novos mercados e possibilidades de comercialização por meio de programas governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para associações de aquicultores e pescadores artesanais”, afirmou.

O extensionista também disse que os estudos propostos neste projeto têm potencial para melhorar a qualidade de vida de pequenos produtores, uma vez que colaboram para melhoria ambiental em que eles estão inseridos, com menores descargas de nutrientes, fazendo com que o produtor se sinta parte da exploração e conservação do ambiente local. “Há também possibilidade de aumento de produtividade para médios e grandes produtores e maior geração de renda e emprego na região”, disse Rafael.

Fonte: http://sfagro.uol.com.br