Mesmo com preço 38% menor, venda de mexilhão chileno ao Brasil cai 28% até abril

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Há sete meses, a marca setorial Patagonia Mussel, que procura incentivar a promoção das exportações dos mexilhões chilenos (Mytilus chilensis) em todo o mundo, encerrou sua programação de ações no Brasil. Dados da Receita Federal chilena mostram que desde então, os embarques do produto para estão em queda.

Segundo a compilação de dados do Instituto de Fomento Pesqueiro do Chile (IFOP) divulgada na semana passada, o Chile exportou 28% menos mexilhão ao Brasil nos primeiros quatro meses do ano. Até abril de 2015, mais de 408 toneladas haviam sido despachadas aos importadores brasileiros a um custo médio de US$ 27 mil a tonelada.

Em 2016, mesmo com um preço 38,2% mais barato (US$ 16,6 mil a tonelada), os chilenos só conseguiram vender 291,8 toneladas aos brasileiros. Isso colocou o Brasil em 14º lugar no ranking de importadores do produto, conforme a compilação da Seafood Brasil. No total dos 61 países, o Chile, comercializou 13,8% menos chorito (como o mexilhão é conhecido por lá) até abril deste ano, o equivalente a 22.116,6 mil toneladas.

A Rússia, que era tida pelos executivos chilenos como um país com demanda similar à brasileira, disparou. De 585,8 toneladas até abril de 2015, mais do que dobrou para 1.321,4 toneladas (125,6%). A liderança, no entanto, permanece com a Espanha, que no mesmo período de 2016 comprou 4.553 toneladas, um pouco menos que no ano passado (-5,7%).

Outro destaque foi a Ucrânia, que também mais que dobrou sua compra de mexilhões chilenos, para 569,7 toneladas (+118%). Os Estados Unidos importaram 12,7% menos, mas os chilenos não sentiram tanto já que o preço em dólares por tonelada subiu 25,8%, para US$ 35.356,4.

Veja aqui a tabela, que inclui as empresas responsáveis por estas exportações e o ranking completo de países compradores.

Fonte: http://seafoodbrasil.com.br/