Décimo terceiro do ranking nacional, Tocantins é o 4º maior produtor de pescado da região norte, aponta Anuário da Piscicultura 2016

Décimo terceiro do ranking nacional, Tocantins é o 4º maior produtor de pescado da região norte, aponta Anuário da Piscicultura 2016O Estado do Tocantins fechou o ano passado com o registro da produção de 15.200 toneladas de pescado, apontam dados do inédito levantamento estatístico da atividade feito pela Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) e publicado no Anuário Brasileiro da Piscicultura – edição 2016.

Conforme o estudo, o Tocantins é o quarto estado no ranking da região norte brasileira entre os maiores produtores. Porém, em comparação a 2015 no ano passado a produção caiu 5%. Em 2015 a produção foi de 16.000 toneladas. Já no ano anterior, 20.000 toneladas. Já no ranking nacional o Tocantins aparece em 13º lugar.

A produção no Brasil

A piscicultura brasileira produziu 640.510 toneladas em 2016. Paraná, Rondônia e São Paulo são principais estados produtores e o Norte é liderança entre as regiões. No total, a atividade movimentou R$ 4,3 bilhões, com geração de 1 milhão de empregos diretos e indiretos. Em 2015, a atividade produziu 638.000 toneladas.

O Estado do Paraná é o líder em Piscicultura no Brasil. O levantamento da Peixe BR mostra que o estado produziu 93.600 toneladas de peixes cultivados, em 2016. O Paraná superou as adversidades do ano e, contando com o indispensável trabalho dos projetos aquícolas independentes e, especialmente, das cooperativas e seus produtores integrados, cresceu 17% em 2016.

A vice-liderança é de Rondônia, que produziu 74.750 toneladas de peixes cultivados em 2016. O crescimento foi expressivo em relação a 2015: 15%. Destaque ao aumento dos projetos de peixes redondos, característica marcante da atividade no estado.

São Paulo é o terceiro maior estado em Piscicultura no Brasil, com 65.400 toneladas produzidas em 2016. O estado cresceu 9% em 2016, mantendo a média anual de crescimento e com tendência de maior evolução em função da assinatura do decreto estadual que regulamenta o licenciamento ambiental.

Mato Grosso é o quarto maior produtor de peixes cultivados do país. O estado produziu 59.900 toneladas em 2016. O estado perdeu espaço na atividade, encolhendo 19% em apenas um ano.

Santa Catarina é um dos estados líderes na produção de peixes cultivados, mantendo também a média anual de crescimento, atingindo 38.330 toneladas em 2016.

Região Norte é Lider

Rondônia contribuiu decisivamente para a região Norte fechar 2016 como líder na produção de peixes cultivados no Brasil. A região produziu 158.900 toneladas, com crescimento de 4,81% sobre 2015.

A região Sul vem em seguida, com 152.430 toneladas, resultado de um excelente desempenho: aumento de 13% sobre os números do ano anterior.

O Centro-Oeste foi a terceira região mais produtiva em 2016, com 120.670 toneladas. Na sequência, vieram o Nordeste (104.680 toneladas) e o Sudeste (103.830 toneladas).

Desempenho da Atividade

O desempenho da Piscicultura em 2016 está diretamente ligado à situação econômica do Brasil, com redução dos investimentos em importantes estados produtores, queda generalizada do consumo de proteínas animais e problemas climáticos no Nordeste. A instabilidade político-econômica foi responsável pelo adiamento de importantes definições estratégicas, como os processos de outorga de águas da União e a aprovação dos projetos de licenciamento ambiental que se acumulam há mais de uma década, entre outros, processos que começam a ser destravados.

A Peixe BR entende que essa situação impediu, com mais ou menos intensidade, o melhor desempenho da atividade como um todo. Há estados onde a produção continuou avançando e o crescimento foi sólido – casos do Paraná, Rondônia e São Paulo. Em outros, o desempenho ficou estável e alguns foi afetado pelas adversidades econômicas. Mas nada tira da Piscicultura brasileira o potencial de evolução, considerando a disponibilidade de água, condições climáticas, capacidade empreendedora dos empresários brasileiros e a diversidade de espécies.

Fonte: http://www.portaldoagronegocio.com.br